A Polícia Judiciária promoveu, esta sexta-feira, 10 de maio, uma conferência alusiva ao tema “Mecanismos Legais e Policiais na Prevenção e Combate ao Crime Organizado”, para assinalar o seu 26º aniversário, que se celebra, no próximo domingo, 12 de maio.
Na sua mensagem, o Diretor Nacional da Polícia Judiciária, António Sousa, chamou a atenção para a complexidade e gravidade do crime organizado transnacional, salientando a facilidade com que os agentes de crime podem ter acesso ao país, devido a localização geoestratégica de Cabo Verde, tornando-o numa rota do tráfico de drogas e crimes conexos.
“O crime organizado e transnacional e os crimes praticados com uso de sistemas informáticos – Cibercrime –, são tidos entre nós como um dos mais graves e complexos, porquanto a sua prevenção, deteção e combate exigem meios e técnicas específicos de investigação e nos interpela para uma efetiva cooperação policial e judiciária internacional”, disse.
Por sua vez, o Procurador Geral da República, Óscar Tavares, que fez a abertura do ato, instou a corporação a “proteger” a sua instituição dos ataques que podem ser atingidos de fora, “mas nunca descorar da vigilância interna, para evitar que desvios de uns não infrinjam grave danos à confiança e credibilidade institucional”.
“A Polícia Judiciária sabe que pode contar com o Ministério Público e com o Procurador Geral e que, no limite das minhas capacidades e responsabilidades, agirei para que possam ser criadas melhores condições para fazerem face aos novos desafios”, assegurou o PGR.
A conferência versou sobre quatro painéis, a saber: “Cooperação Internacional Policial e Judicial na Prevenção e Combate ao Crime Organizado”; “Tráfico de Pessoas – Formas de Identificação, Prevenção e Combate” e “Crime Cibernético, tendo como oradores o Procurador Geral Adjunto, Luís Landim; um representante da Interpol, a Coordenadora Nacional Sénior do ONUDC, Cristina Andrade e o Coordenador de Investigação Criminal da Polícia Judiciária de Portugal, Gil Carvalho.