A Polícia Judiciária tem se afirmado como “órgão de polícia criminal e científica” e granjeado respeito, dignidade e reconhecimento nacional e internacional, garantiu o Diretor Nacional da Polícia Judiciária (DNPJ), António Sousa, que falava durante o Ato Solene do 26º aniversário da Polícia Judiciária, que teve lugar, este domingo, 12, na sala de conferências da Polícia Judiciária, em Achada Grande Frente, na Praia.
“26 anos após a instituição da PJ, podemos afirmar, sem qualquer pejo, que valeu a pena a sua criação”, destacou aquele responsável, que fez saber ainda que, “hoje”, o contexto económico, social e cultural de Cabo Verde é “bem diferente” de há 26 anos atrás”.
Na sua mensagem, António Sousa saudou a instituição e a sua corporação e reconheceu, “os esforços que o governo tem feito” nos últimos três anos na Polícia Judiciária, permitindo-lhe uma série de ações, entre os quais, o reforços dos Recursos Humanos, a aquisição de meios de mobilidade, a aquisição de equipamentos técnicos, operacionais e táticos de segurança, o reforço da capacidade do Laboratório de Polícia Científica (LPC), “com realce para a área de biologia, que passou a realizar testes de paternidade” e a instalação do Centro de Formação (CFPJ); a par da revisão dos Estatutos do Pessoal da Polícia Judiciária (EPPJ), que permitiram “descongelar as promoções na carreira e a adequação e atualização da grelha salarial dos funcionários”.
Também a cooperação internacional e parceiras, bem como o “bom relacionamento” desenvolvido com as instituições nacionais, mereceram destaque do DNPJ.
“É justo reconhecer, publicamente, também, o apoio, a amizade, a cooperação e toda a parceria qua a Polícia Judiciária de Cabo Verde vem tendo com várias instituições congéneres, agências e organizações internacionais, com particular destaque nos últimos três anos, sem os quais, a mesma não teria alcançado o patamar onde se encontra hoje”, asseverou.
Num futuro próximo, alertou, os desafios concentram-se na construção das sedes dos Departamentos do Sal, da Boa Vista e da Assomada, ampliação e manutenção das instalações da Praia e do Mindelo, garantir a sustentabilidade e manutenção do LPC, entre outros.
No final da sua mensagem, António Sousa garantiu tudo fazer para “dotar a Polícia Judiciária de um Serviço Social, para satisfazer as necessidades sociais dos beneficiários, em regime de complementaridade”.
Por sua vez, a Ministra da Justiça e Trabalho reiterou a sua “confiança e o reconhecimento social” na PJ.
“Estamos a trabalhar no sentido de realmente empoderar a PJ cada vez mais e a forma desse empoderamento é fazer dela, verdadeiramente uma polícia científica”, assegurou aquela governante.
Em troca, pede-se, disse a ministra, “toda a motivação, boa vontade, colaboração, espírito de equipa, sentido institucional”, para poder fazer mais e melhor.
“É verdade que falta ainda muito para fazer”, reconheceu. E finalizou: “Não é menos verdade que, do ponto de situação que estávamos para hoje, há um salto e um ganho qualitativo, que permitiram que, de facto, pudéssemos pôr a disposição da PJ, meios importantes para a execução diária daquilo que é a sua atividade para aquilo que é a sua ação especial de investigação criminal”.