A Direção Nacional da Polícia Judiciária, através do seu Diretor Nacional, vem por este meio, para além dos esclarecimentos prestados na entrevista aos jornalistas, logo após ao ato de tomada de posse, que teve lugar no dia 17 de janeiro de 2024, e face a eventuais interpretações e conclusões desajustadas por alguns órgãos de comunicação social, na parte em que referiu: Em tempos de crise há sempre uma janela de oportunidades que se abre para o mundo do crime e, diante disso, não podemos negligenciar que a criminalidade é cada vez mais organizada, sofisticada e transnacional, com recursos, tecnologias e saber fazer à disposição, com apoio de pessoas infiltradas em instituições do Estado, com as quais, infelizmente, ombreamos diariamente no combate ao crime.
Esclarece que essa referência foi feita dentro de um contexto específico, com o único propósito de demonstrar a sofisticação e a amplitude que o fenómeno criminal poderá alcançar, conseguindo por vezes infiltrar no próprio aparelho do Estado, bem como dificultar sobremaneira a investigação criminal, facto esse que não se deve negligenciar.
Assim sendo alerta às instituições do Estado a manterem imunes a essas tentações, prevenindo para que não venha acontecer, principalmente as ligadas ao sector da justiça.
Ademais, caso houvessem situações, ainda que, apenas indícios, o Diretor Nacional, enquanto Procurador da República em exercício, antes da sua tomada de posse, teria o dever de as denunciar e/ou agir em conformidade, clarifica.