𝐀𝐕𝐈𝐒𝐎 𝐃𝐀 𝐃𝐈𝐑𝐄𝐂ÇÃ𝐎 𝐍𝐀𝐂𝐈𝐎𝐍𝐀𝐋 𝐃𝐀 𝐏𝐎𝐋Í𝐂𝐈𝐀 𝐉𝐔𝐃𝐈𝐂𝐈Á𝐑𝐈𝐀

A 𝐃𝐢𝐫𝐞çã𝐨 𝐍𝐚𝐜𝐢𝐨𝐧𝐚𝐥 𝐝𝐚 𝐏𝐨𝐥í𝐜𝐢𝐚 𝐉𝐮𝐝𝐢𝐜𝐢á𝐫𝐢𝐚, 𝐚𝐭𝐫𝐚𝐯é𝐬 𝐝𝐚 𝐁𝐫𝐢𝐠𝐚𝐝𝐚 𝐂𝐞𝐧𝐭𝐫𝐚𝐥 𝐝𝐞 𝐈𝐧𝐯𝐞𝐬𝐭𝐢𝐠𝐚çã𝐨 𝐞 𝐂𝐨𝐦𝐛𝐚𝐭𝐞 𝐚𝐨 𝐂𝐢𝐛𝐞𝐫𝐜𝐫𝐢𝐦𝐞 𝐞 𝐚𝐨 𝐓𝐞𝐫𝐫𝐨𝐫𝐢𝐬𝐦𝐨, alerta para 𝐧𝐨𝐯𝐨𝐬 𝐦𝐨𝐝𝐮𝐬 𝐨𝐩𝐞𝐫𝐚𝐧𝐝𝐢 em 𝐜𝐫𝐢𝐦𝐞𝐬 𝐝𝐞 𝐛𝐮𝐫𝐥𝐚.

 

Neste momento, estão a circular dois tipos de crimes:

 

1. 𝐁𝐮𝐫𝐥𝐚 𝐞𝐧𝐯𝐨𝐥𝐯𝐞𝐧𝐝𝐨 𝐨 𝐧𝐨𝐦𝐞 𝐝𝐞 𝐟𝐢𝐠𝐮𝐫𝐚𝐬 𝐩ú𝐛𝐥𝐢𝐜𝐚𝐬 𝐞 𝐞𝐧𝐭𝐢𝐝𝐚𝐝𝐞𝐬 𝐝𝐞 𝐜𝐫é𝐝𝐢𝐭𝐨 𝐧𝐚𝐬 𝐫𝐞𝐝𝐞𝐬 𝐬𝐨𝐜𝐢𝐚𝐢𝐬.

 

2. 𝐀𝐜𝐞𝐬𝐬𝐨 𝐢𝐥í𝐜𝐢𝐭𝐨 𝐚 𝐜𝐨𝐧𝐭𝐚𝐬 𝐛𝐚𝐧𝐜á𝐫𝐢𝐚𝐬 𝐩𝐨𝐫 𝐩𝐚𝐫𝐭𝐞 𝐝𝐞 𝐜𝐫𝐢𝐦𝐢𝐧𝐨𝐬𝐨𝐬, 𝐪𝐮𝐞 𝐮𝐭𝐢𝐥𝐢𝐳𝐚𝐦 𝐜𝐨𝐧𝐭𝐚𝐬 𝐝𝐞 𝐭𝐞𝐫𝐜𝐞𝐢𝐫𝐨𝐬 𝐩𝐚𝐫𝐚 𝐫𝐞𝐜𝐞𝐛𝐞𝐫 𝐭𝐫𝐚𝐧𝐬𝐟𝐞𝐫ê𝐧𝐜𝐢𝐚𝐬 𝐞, 𝐝𝐞𝐩𝐨𝐢𝐬, 𝐩𝐫𝐨𝐜𝐞𝐝𝐞𝐫 𝐚𝐨 𝐥𝐞𝐯𝐚𝐧𝐭𝐚𝐦𝐞𝐧𝐭𝐨 𝐩𝐨𝐫 𝐩𝐚𝐫𝐭𝐞 𝐝𝐨 𝐭𝐢𝐭𝐮𝐥𝐚𝐫 𝐝𝐞 𝐜𝐨𝐧𝐭𝐚 𝐞 𝐞𝐧𝐯𝐢𝐨 𝐝𝐞 𝐝𝐢𝐧𝐡𝐞𝐢𝐫𝐨 (𝐜𝐚𝐬𝐡) 𝐩𝐚𝐫𝐚 𝐟𝐨𝐫𝐚 𝐝𝐨 𝐩𝐚í𝐬, 𝐚𝐭𝐫𝐚𝐯é𝐬 𝐝𝐞 𝐖𝐞𝐬𝐭𝐞𝐫𝐧 𝐔𝐧𝐢𝐨𝐧 𝐞 𝐌𝐨𝐧𝐞𝐲𝐠𝐫𝐚𝐦.

𝟏. 𝐄𝐬𝐪𝐮𝐞𝐦𝐚 𝐝𝐞 𝐁𝐮𝐫𝐥𝐚 𝐜𝐨𝐦 𝐨 𝐍𝐨𝐦𝐞 𝐝𝐞 𝐅𝐢𝐠𝐮𝐫𝐚𝐬 𝐏ú𝐛𝐥𝐢𝐜𝐚𝐬 𝐞 𝐄𝐧𝐭𝐢𝐝𝐚𝐝𝐞𝐬 𝐝𝐞 𝐂𝐫é𝐝𝐢𝐭𝐨 (𝐁𝐚𝐧𝐜𝐨𝐬 𝐄𝐬𝐭𝐫𝐚𝐧𝐠𝐞𝐢𝐫𝐨𝐬)

 

Este tipo de burla tem vindo a ser identificado nos últimos dias. O esquema processa-se da seguinte forma:

1.1. 𝐎 𝐜𝐫𝐢𝐦𝐢𝐧𝐨𝐬𝐨 𝐜𝐫𝐢𝐚 𝐮𝐦 𝐩𝐞𝐫𝐟𝐢𝐥 𝐟𝐚𝐥𝐬𝐨 𝐜𝐨𝐦 𝐨 𝐧𝐨𝐦𝐞 𝐞 𝐟𝐨𝐭𝐨𝐠𝐫𝐚𝐟𝐢𝐚 𝐝𝐞 𝐟𝐢𝐠𝐮𝐫𝐚𝐬 𝐩ú𝐛𝐥𝐢𝐜𝐚𝐬 e, em seguida, publica anúncios nas suas páginas de redes sociais oferecendo crédito sem juros, direcionado a pessoas que desejam investir em negócios ou em negócios próprios.

 

1.2. 𝐀𝐩ó𝐬 𝐨 𝐩𝐫𝐢𝐦𝐞𝐢𝐫𝐨 𝐜𝐨𝐧𝐭𝐚𝐜𝐭𝐨, 𝐚𝐨 𝐧𝐨𝐭𝐚𝐫 𝐨 𝐢𝐧𝐭𝐞𝐫𝐞𝐬𝐬𝐞 𝐝𝐚 𝐯í𝐭𝐢𝐦𝐚, 𝐬𝐨𝐥𝐢𝐜𝐢𝐭𝐚𝐦 𝐝𝐚𝐝𝐨𝐬 𝐩𝐞𝐬𝐬𝐨𝐚𝐢𝐬, 𝐧ú𝐦𝐞𝐫𝐨 𝐝𝐞 𝐜𝐨𝐧𝐭𝐚𝐜𝐭𝐨, 𝐧ú𝐦𝐞𝐫𝐨 𝐝𝐞 𝐜𝐨𝐧𝐭𝐚 𝐛𝐚𝐧𝐜á𝐫𝐢𝐚, bem como o valor do empréstimo e a modalidade de pagamento pretendida, conforme o que foi publicitado.

 

1.3. 𝐐𝐮𝐚𝐧𝐝𝐨 𝐜𝐨𝐧𝐟𝐢𝐫𝐦𝐚𝐦 𝐨 𝐢𝐧𝐭𝐞𝐫𝐞𝐬𝐬𝐞 𝐝𝐚 𝐯í𝐭𝐢𝐦𝐚, pedem um pagamento inicial para o registo do processo, solicitando ainda o comprovativo do pagamento.

 

Se a vítima realizar o pagamento para o nome e destino indicado (fora de Cabo Verde) através de 𝐖𝐞𝐬𝐭𝐞𝐫𝐧 𝐔𝐧𝐢𝐨𝐧 𝐨𝐮 𝐌𝐨𝐧𝐞𝐲𝐆𝐫𝐚𝐦, significa que acreditou na fraude. A partir daí, os criminosos continuam a exigir mais dinheiro para as etapas seguintes do processo, como 𝐯𝐚𝐥𝐢𝐝𝐚çã𝐨, 𝐚𝐩𝐫𝐨𝐯𝐚çã𝐨, 𝐝𝐞𝐬𝐛𝐥𝐨𝐪𝐮𝐞𝐢𝐨 𝐝𝐚 𝐯𝐞𝐫𝐛𝐚, 𝐚𝐭𝐢𝐯𝐚çã𝐨 𝐝𝐚 𝐭𝐫𝐚𝐧𝐬𝐚çã𝐨, 𝐞𝐭𝐜.

Em cada uma destas etapas, mais dinheiro é solicitado, criando uma operação interminável, até que a vítima perceba que foi enganada.

É 𝐢𝐦𝐩𝐨𝐫𝐭𝐚𝐧𝐭𝐞 referir que estas conversas podem ocorrer nas 𝐫𝐞𝐝𝐞𝐬 𝐬𝐨𝐜𝐢𝐚𝐢𝐬 𝐨𝐮 𝐚𝐭𝐫𝐚𝐯é𝐬 𝐝𝐞 𝐩𝐥𝐚𝐭𝐚𝐟𝐨𝐫𝐦𝐚𝐬 𝐜𝐨𝐦𝐨 𝐨 𝐖𝐡𝐚𝐭𝐬𝐀𝐩𝐩, com o intuito de dar maior credibilidade à fraude.

 

 

𝟐. 𝐄𝐬𝐪𝐮𝐞𝐦𝐚 𝐝𝐞 𝐀𝐜𝐞𝐬𝐬𝐨 𝐈𝐥í𝐜𝐢𝐭𝐨 𝐚 𝐂𝐨𝐧𝐭𝐚𝐬 𝐁𝐚𝐧𝐜á𝐫𝐢𝐚𝐬 𝐞 𝐔𝐭𝐢𝐥𝐢𝐳𝐚çã𝐨 𝐝𝐞 𝐂𝐨𝐧𝐭𝐚𝐬 𝐝𝐞 𝐓𝐞𝐫𝐜𝐞𝐢𝐫𝐨𝐬

 

𝐍𝐞𝐬𝐭𝐞 𝐭𝐢𝐩𝐨 𝐝𝐞 𝐛𝐮𝐫𝐥𝐚, 𝐨𝐬 𝐜𝐫𝐢𝐦𝐢𝐧𝐨𝐬𝐨𝐬 𝐮𝐭𝐢𝐥𝐢𝐳𝐚𝐦 𝐨 𝐧ú𝐦𝐞𝐫𝐨 𝐝𝐞 𝐜𝐨𝐧𝐭𝐚 𝐝𝐚𝐬 𝐯í𝐭𝐢𝐦𝐚𝐬 𝐩𝐚𝐫𝐚 𝐫𝐞𝐜𝐞𝐛𝐞𝐫 𝐝𝐞𝐩ó𝐬𝐢𝐭𝐨𝐬 e, posteriormente, 𝐚𝐬 𝐯í𝐭𝐢𝐦𝐚𝐬 (sem o seu conhecimento) levantam o dinheiro e enviam-no para uma pessoa ou destino indicado pelos criminosos, 𝐯𝐢𝐚 𝐖𝐞𝐬𝐭𝐞𝐫𝐧 𝐔𝐧𝐢𝐨𝐧 𝐨𝐮 𝐌𝐨𝐧𝐞𝐲𝐆𝐫𝐚𝐦, 𝐩𝐚𝐫𝐚 𝐟𝐨𝐫𝐚 𝐝𝐞 𝐂𝐚𝐛𝐨 𝐕𝐞𝐫𝐝𝐞. 𝐄𝐦 𝐬𝐮𝐦𝐚, 𝐨𝐬 𝐜𝐫𝐢𝐦𝐢𝐧𝐨𝐬𝐨𝐬 𝐮𝐭𝐢𝐥𝐢𝐳𝐚𝐦 𝐚 𝐯í𝐭𝐢𝐦𝐚 𝐞 𝐨 𝐬𝐞𝐮 𝐧ú𝐦𝐞𝐫𝐨 𝐝𝐞 𝐜𝐨𝐧𝐭𝐚 𝐜𝐨𝐦𝐨 𝐮𝐦𝐚 “𝐩𝐨𝐧𝐭𝐞” 𝐩𝐚𝐫𝐚 𝐫𝐞𝐜𝐞𝐛𝐞𝐫 𝐭𝐫𝐚𝐧𝐬𝐟𝐞𝐫ê𝐧𝐜𝐢𝐚𝐬 𝐝𝐞 𝐝𝐢𝐧𝐡𝐞𝐢𝐫𝐨 𝐩𝐫𝐨𝐯𝐞𝐧𝐢𝐞𝐧𝐭𝐞𝐬 𝐝𝐞 𝐜𝐨𝐧𝐭𝐚𝐬 𝐢𝐥𝐢𝐜𝐢𝐭𝐚𝐦𝐞𝐧𝐭𝐞 𝐚𝐜𝐞𝐝𝐢𝐝𝐚𝐬.