𝐏𝐫𝐨𝐟𝐞𝐬𝐬𝐨𝐫 𝐝𝐞𝐭𝐢𝐝𝐨 𝐩𝐞𝐥𝐚 𝐏𝐉 𝐬𝐮𝐬𝐩𝐞𝐢𝐭𝐨 𝐝𝐞 𝐛𝐮𝐫𝐥𝐚, 𝐚𝐮𝐱í𝐥𝐢𝐨 à 𝐞𝐦𝐢𝐠𝐫𝐚çã𝐨 𝐢𝐥𝐞𝐠𝐚𝐥 𝐞 𝐟𝐚𝐥𝐬𝐢𝐟𝐢𝐜𝐚çã𝐨, 𝐞𝐦 𝐩𝐫𝐢𝐬ã𝐨 𝐩𝐫𝐞𝐯𝐞𝐧𝐭𝐢𝐯𝐚

A 𝐏𝐨𝐥í𝐜𝐢𝐚 𝐉𝐮𝐝𝐢𝐜𝐢á𝐫𝐢𝐚 (𝐏𝐉), 𝐚𝐭𝐫𝐚𝐯é𝐬 𝐝𝐚 𝐒𝐞𝐜çã𝐨 𝐂𝐞𝐧𝐭𝐫𝐚𝐥 𝐝𝐞 𝐈𝐧𝐯𝐞𝐬𝐭𝐢𝐠𝐚çã𝐨 𝐝𝐞 𝐂𝐨𝐫𝐫𝐮𝐩çã𝐨 𝐞 𝐂𝐫𝐢𝐦𝐢𝐧𝐚𝐥𝐢𝐝𝐚𝐝𝐞 𝐄𝐜𝐨𝐧ó𝐦𝐢𝐜𝐚 𝐞 𝐅𝐢𝐧𝐚𝐧𝐜𝐞𝐢𝐫𝐚 (𝐒𝐂𝐈𝐂𝐂𝐄𝐅), em cumprimento de um Mandado de Busca promovido pelo Ministério Público e emitido pelo 1.º Juízo Criminal do Tribunal da Comarca do Tarrafal, realizou uma 𝐨𝐩𝐞𝐫𝐚çã𝐨 𝐧𝐨 𝐦𝐮𝐧𝐢𝐜í𝐩𝐢𝐨 𝐝𝐞 𝐓𝐚𝐫𝐫𝐚𝐟𝐚𝐥 𝐝𝐞 𝐒𝐚𝐧𝐭𝐢𝐚𝐠𝐨, 𝐧𝐞𝐬𝐭𝐚 𝐪𝐮𝐚𝐫𝐭𝐚-𝐟𝐞𝐢𝐫𝐚, 𝟐𝟔 𝐝𝐞 𝐟𝐞𝐯𝐞𝐫𝐞𝐢𝐫𝐨, 𝐪𝐮𝐞 𝐜𝐮𝐥𝐦𝐢𝐧𝐨𝐮 𝐧𝐚 𝐝𝐞𝐭𝐞𝐧çã𝐨 𝐞𝐦 𝐟𝐥𝐚𝐠𝐫𝐚𝐧𝐭𝐞 𝐝𝐞𝐥𝐢𝐭𝐨 𝐝𝐞 𝐮𝐦 𝐡𝐨𝐦𝐞𝐦 𝐝𝐞 𝟒𝟗 𝐚𝐧𝐨𝐬, 𝐬𝐮𝐬𝐩𝐞𝐢𝐭𝐨 𝐝𝐞 𝐟𝐚𝐥𝐬𝐢𝐟𝐢𝐜𝐚𝐫 𝐝𝐨𝐜𝐮𝐦𝐞𝐧𝐭𝐨𝐬 𝐟𝐫𝐚𝐮𝐝𝐮𝐥𝐞𝐧𝐭𝐨𝐬 𝐩𝐚𝐫𝐚 𝐜𝐢𝐝𝐚𝐝ã𝐨𝐬 𝐢𝐧𝐭𝐞𝐫𝐞𝐬𝐬𝐚𝐝𝐨𝐬 𝐞𝐦 𝐨𝐛𝐭𝐞𝐫 𝐯𝐢𝐬𝐭𝐨 𝐩𝐚𝐫𝐚 𝐏𝐨𝐫𝐭𝐮𝐠𝐚𝐥.

 

Esta detenção resultou de uma investigação que teve início na cidade da Praia e que culminou no município do Tarrafal de Santiago, onde o detido foi identificado como o autor da prática dos crimes de burla, auxílio à emigração ilegal para Portugal e falsificação de documentos e selos para cidadãos interessados em obter visto de longa duração para Portugal.

 

Durante a operação, a PJ apreendeu na residência do detido 𝐝𝐨𝐜𝐮𝐦𝐞𝐧𝐭𝐨𝐬 𝐞 𝐫𝐞𝐜𝐢𝐛𝐨𝐬 𝐫𝐞𝐥𝐚𝐜𝐢𝐨𝐧𝐚𝐝𝐨𝐬 𝐜𝐨𝐦 𝐚 𝐢𝐦𝐩𝐨𝐫𝐭𝐚çã𝐨 𝐝𝐞 𝐜𝐚𝐫𝐢𝐦𝐛𝐨𝐬 𝐞 𝐬𝐞𝐥𝐨𝐬 𝐝𝐞 𝐢𝐧𝐬𝐭𝐢𝐭𝐮𝐢çõ𝐞𝐬 𝐩ú𝐛𝐥𝐢𝐜𝐚𝐬 𝐞 𝐩𝐫𝐢𝐯𝐚𝐝𝐚𝐬, 𝐮𝐦 𝐜𝐨𝐦𝐩𝐮𝐭𝐚𝐝𝐨𝐫 𝐩𝐨𝐫𝐭á𝐭𝐢𝐥 𝐝𝐚 𝐦𝐚𝐫𝐜𝐚 “𝐇𝐏”, 𝐮𝐦𝐚 𝐯𝐢𝐚𝐭𝐮𝐫𝐚, entre outros objetos, conforme o auto de busca e apreensão.

 

Destaca-se ainda a apreensão de 𝟖 𝐫𝐮𝐛𝐫𝐢𝐜𝐚𝐝𝐨𝐫𝐞𝐬, 𝐬𝐞𝐧𝐝𝐨 𝟔 𝐜𝐚𝐫𝐢𝐦𝐛𝐨𝐬 𝐞 𝟐 𝐬𝐞𝐥𝐨𝐬 𝐛𝐫𝐚𝐧𝐜𝐨 𝐝𝐞 𝐢𝐧𝐬𝐭𝐢𝐭𝐮𝐢çõ𝐞𝐬 𝐩ú𝐛𝐥𝐢𝐜𝐚𝐬 𝐞 𝐩𝐫𝐢𝐯𝐚𝐝𝐚𝐬, entre os quais se encontram: Câmara Municipal do Tarrafal, Ministério da Justiça, Direção Geral dos Registos e Notariado, Ministério da Educação – Escola Secundária do Tarrafal, empresa Transporte e Comércio Geral Marcelo Pina, Sociedade Unipessoal Lda., Ministério das Finanças – Direção Geral das Contribuições e Impostos, Assembleia Municipal, bem como das agências bancárias, Caixa Económica de Cabo Verde e do Banco Comercial do Atlântico (BCA), entre outros materiais relevantes para a investigação.

 

O detido, de profissão professor e que já havia sido condenado por crimes de falsificação de documentos, aguardando, neste momento, um recurso no Tribunal da Relação de Sotavento, foi hoje, 28 de fevereiro, apresentado às autoridades judiciárias competentes para o primeiro interrogatório judicial, tendo o 𝐓𝐫𝐢𝐛𝐮𝐧𝐚𝐥 𝐝𝐚 𝐂𝐨𝐦𝐚𝐫𝐜𝐚 𝐝𝐨 𝐓𝐚𝐫𝐫𝐚𝐟𝐚𝐥 aplicado a medida de coação, 𝐩𝐫𝐢𝐬ã𝐨 𝐩𝐫𝐞𝐯𝐞𝐧𝐭𝐢𝐯𝐚, devendo o arguido aguardar, sob esta medida, os ulteriores trâmites do processo.

 

As investigações continuam em curso.